sábado, 25 de setembro de 2021

Oh, paz

 Tudo está bem. Sim, está. Eu não preciso ficar me repetindo isso o tempo todo. Está sim, tenho certeza. É claro que está. Será? Será que paz e estar feliz são realmente a mesma coisa? Eu acordo, repasso as tarefas do dia e não há nada com o que me preocupar. Não há nada fora do lugar. Não há nenhum medo. Já tem algum tempo, meses ou até anos, que as coisas estão devidamente em seu lugar. Será que é esse o problema? A falta de alguma-coisa-que-não-sei-o-nome? Penso que falta energia. Não a física. A energia em forma uma fagulha ou uma explosão. Poucas coisas são boas quando mornas. Talvez somente o banho. Café precisa ser quente. Comida precisa ser quente, e a cama também. Água gelada para beber. Um suco. Mas morno? Morno não é bom. A vida não deve ser morna, muito menos os relacionamentos. Eu sinto falta de um cuidado. A minha vida inteira disse que gostava de ser cuidado, e agora me vejo no papel oposto. Eu queria cuidado, colo, aconchego, cheiro. Queria sentir que alguém se preocupa comigo. Alguém que quisesse sempre dar bom dia e boa noite. Queria ganhar um chocolate quando alguém vai até a esquina e volta. Será que todos os relacionamentos caem na rotina, ou será somente o meu? Não é falta de amor, nem vontade de ficar junto. É a falta de cuidado. De um pouco mais de atenção. Ou será que sou eu quem demanda demais uma coisa que não é natural? O problema, se é que existe um problema, está em mim? Eu queria ser mais comunicativo, mais aberto. Ao invés de insistir que tudo está em paz.

Cadê a energia?

 Será que ainda sei escrever? Digo, será que ainda sei traduzir em letras e frases a confusão que se passa não unha cabeça com uma média-frequência? A vida anda tão corrida que eu quase não tenho mais tempo de me olhar e me reconhecer como antes. Já faz tanto tempo que minha maior preocupação era um garoto. Ser adulto é bom. Mas sinto falta de uma energia. Não é sempre. Mas não é tão raro. E hoje estou sentindo.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Onde você está?

Tem dias que eu simplesmente preciso vir aqui, e despejar tudo que tá acontecendo dentro de mim. Há dias que eu tenho pensado em você, quase que o dia todo. Eu tento nao pensar. Eu tento desviar das memórias. Não consigo. Qualquer coisa me leva a você. Uma música, um lugar, uma cor. Eu me sinto um completo idiota continuar sentindo tudo isso, mesmo depois da nossa última conversa, mesmo depois de tudo que você me disse e me fez. E eu tento me desviar de você o tempo todo. Ninguém sabe que você ainda tá aqui dentro. Por fora estou forte, mudado. Por fora. Eu nao quis saber para onde você se mudou. Mas ontem fiquei sabendo. As pessoas vêm me falar de você como se ainda tivessemos algo. Nao temos. E eu te imaginei longe. Nas foi ver uma foto sua que tudo se mostrou ainda mais vivo. Coração dispara, mão treme. Como um adolescente. E eu só queria que você me notasse, perguntasse se estou bem, talvez me desse um abraço. Ai então eu iria estragar tudo. Iria jogar tudo na sua cara. O porquê de você ter feito tudo isso, e de não estarmos juntos. Ai lembro que nao valeria a pena, porque você não vai mudar. Nem por mim, nem por ninguém.

domingo, 30 de abril de 2017

Copiado de algum lugar

Já tiveram que deixar alguém ir?
Li uma vez num livro que a gente sempre reconhece quando foi amor. Foi amor nas contas de telefone ou no histórico do chat, foi amor no Paris 6 e no dogão da esquina, foi amor na escada do prédio ou na cama do seu melhor amigo em alguma festa regada a álcool.
São traços bem firmes que mostram o amor que existiu ali: curvas em que mãos deslizam, lábios contorcidos, quadril gingando prum lado e pro outro. Se você pudesse dar um close e desacelerar a cena, iria se encantar com a forma com que olhou pra ele(a) o tempo todo. Iria se encantar com os detalhes, como sempre se encantou. Talvez você até se apaixonasse de novo, mas acabou.
Não tem nada mais difícil do que chegar naquele momento em que você olha pra pessoa que você ama e reconhece que foi amor, mas acabou.
E como é que a gente abre a porta gentilmente e ajuda a carregar as malas de quem a gente amou, assim, sem remorso? Como é que a gente deixa ir embora quando uma parte grande e forte da gente grita desesperadamente sobre a falta que aquela pessoa vai fazer? Não tem como. Vai ter dor física, vai ser uma confusão gritante dentro da sua cabeça e você vai resistir, a solução vai ser tentar de novo. E de novo. E mais uma vez. E daí a coisa desgasta, mas você não quer isso, você não quer levar tudo às ruínas.
Então como é que faz com a dor?
Não faz. A gente só aceita.
Chega um ponto, um determinado ponto lá na frente, que você vai se acostumando. Não vai ser agora, não vai ser numa manhã de domingo ou no filme da sessão da tarde. Vai ser quando a ficha já tiver caído umas trinta vezes e a ideia tiver martelado a sua cabeça. Sei bem como é porque já passei por isso, já tive que ajudar na mudança de um amor que eu achava que ainda morava aqui. Mas, se te consola, te digo uma coisa: aprender a deixar ir embora foi uma das coisas que mais me ajudou a tirar um peso das costas.
Deixar quem a gente ama ir embora é um ato de coragem. É reconhecer a história que aconteceu, sem tirar nenhuma importância dela, e entender o que é melhor para os dois. É preservar o que houve de bom e abraçar a memória daquilo como um passado gostoso que você viveu. E bola pra frente.
Deixar alguém ir embora quando não dá mais é perceber que nem só de amor o amor vive, engraçado pensar nessa frase, mas é bem isso mesmo. Nem só de amor a gente vive, talvez você me entenda, talvez vá entender em breve, o que importa é que ele fez casa. E se eu bem entendo de algo, é que eu sei que amor é abrigo. Quem tiver que ir, vai. O tempo ajuda a lidar com isso. E se tiver que voltar, bem, o tempo cuida disso também.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Sentindo tudo de novo?

Já fazem alguns dias que estamos mais próximos de novo. Ou semanas. Ou meses. Nao sei ao certo. Não tenho noção de tempo, especialmente quando trata-se disso, dele, de nós. E as conversas tem sido leves. Sem provocações e sem cobranças. Tem sido bom. Sinto que posso acordar e dar bom dia. Posso dar boa noite. Posso pedir que fique com Deus. Costumo pedir que se cuide. Sempre. E hoje, depois de tanto tempo, que eu novamente não sei exatamente quanto, você diz que me ama. Deus! Há quanto tempo eu não ouço isso de ninguém. Quem diria que ouviria de você novamente. E passa um filme na minha cabeça. E é um filme lindo. Hoje vou dormir com saudades, mas sorrindo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Foi só um oi. Ou foi menos do que isso. Foi apenas um toque. Mas naquela semana que eu estava atordoado, pensando em você o tempo todo, foi mais do que isso. É incrível como, quando eu penso muito em você, você surge. É como uma atração. E aquele toque, foi como uma sim. Foi como um quero você. Foi como um vamos ser felizes de novo, juntos. Sim, foi pra mim. Mais dois dias acordando e dormindo com você. Mas foi só um toque. Talvez por engano. Talvez para mostrar que ainda estou nas suas mãos. Você tirou suas conclusões, virou de costas e continuou a viver. E o ciclo se inicia novamente, até o próximo sinal de vida.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Engraçado como nós achamos que só se ama uma única vez, ou que o sentimento que temos agora é mais forte do que qualquer outro que já sentimos. Eu insisto em dizer, para mim mesmo e para os outros, que tudo está bem. E está. Parece estar. Deveria estar. Mas tem dias que simplesmente canso de fugir de você. Canso de não querer pensar em você. Canso de não desejar você a qualquer custo. E então eu paro de fugir. Paro de querer não te querer. Paro de não te desejar. Tudo vem a tona novamente. O sentimento me engole, me devora, me transborda. Você me toma conta. E tudo não deixou de ser uns minutos que ficamos longe e que já passou. Nós estamos juntos novamente. Você é meu. Sou seu. Como há de ser. Exatamente como há de ser. As lembranças voltam e eu insisto em repetir o seu nome a cada duas frases. O tempo não passou. Você vive, forte, aqui em mim. E então eu percebo que não há fuga. Não há esquecimento. Quando eu me esforço, sonho com você. Acordo eufórico. As horas passam e eu caio na realidade. Esquecimento não existe. Eu sou você. Eu sou o que você me ensinou a ser. Não haverá esquecimento. Ponto. E eu desisto e me entrego. Eu revivo. Pronto para mais alguns dias, aqui com você.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

(...)

abri a mesma janela mil vezes ou mais, cada notificação é um fio de esperança e uma gota de decrescença; esperei e ainda estou esperando aquele braço a torcer que não foi recíproco e talvez não seja; o que me irrita não é o que aconteceu, mas sim o que pode não acontecer a partir daí, já que a expectativa era tanta. quando a gente está carente planejamos coisas demais e é muito chato quando alguém  - mesmo que sem querer - transforma o que a gente queria demais em algo de menos; eu poderia dizer que queimei a largada, mas a sensação na verdade é de quem nem chegou a disputar essa "corrida". entre vencedores e perdedores salvaram-se todos, menos eu; é extremamente ruim não saber se você perdeu ou se ganhou, afinal  até mesmo uma medalha de bronze nesses jogos de relacionamento seria melhor do que esse nada, esse vácuo, essa reticência sem fim

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Meu Deus! Já se passou muito tempo e eu mal me lembrava que um dia eu escrevi em um blog para me aliviar. Isso é incrível. Eu estava deitado na minha cama, quando perdi o sono. Virei para um lado e para o outro, sem sucesso. De repente me deu um estalo: o blog! Li essas postagens antigas e senti saudade. E percebi como estou diferente. Mas continuo apaixonado. Não necessariamente por uma pessoa, mas aquele eterno apaixonado, sabe? Que sempre vai ser otimista, sempre vai tentar a vida linda, que tudo ficará bem. Sim, ficará. Sim, a vida é linda, e maravilhosa. É incrível cada novo dia, cada nova oportunidade de fazer algo novo, conhecer alguém novo, ouvir uma música nova. O novo é incrível. E ver essas postagens de tanto tempo atrás é empolgante. O Bruno de 18 anos, perdido, sem saber nada que o futuro lhe reservaria. Sem saber dos perrengues que enfrentaria, e venceria. Sem saber que ele rodaria o mundo a bordo de um navio. Sem saber que ele se apaixonaria pela pessoa errada. Sem saber que ele machucaria pessoas que ele não queria. Mas sem saber que ele ia se tornar um homem forte, bem diferente do adolescente de óculos, aparelho nos dentes, espinhas no rosto e um coração mole. Que foda! Todos deveriam poder ter a chance de ter todos os seus pensamentos expressos ao longo de anos. E olhar pra trás. É simplesmente motivador.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Não é o nosso fim

Eu apostei todas as minhas fichas nele. Ele era a minha chance de ser feliz. Não dá para mensurar amores, mas o que eu senti por ele foi inexplicável. Talvez seja o modo como tudo começou, naquele olhar. As transformações que ele causou em mim, tanto físicas como sentimentais. E eu me entreguei do modo mais pleno que uma pessoa pode se entregar a outra. Eu era dele. Eu era para ele. Eu era ele, e por ele. Mas não o tinha de volta, ou não com a mesma intensidade. Não era a mesma sensação para os dois, Não era o mesmo sentimento. Não era o mesmo querer. Aquilo que eu imaginava ser o meu "feliz para sempre", se tornou apenas mais um capítulo, até porque, como ele mesmo diz, contos de fada não existem. Fiz coisas por ele que eu julgava, de peito cheio, que jamais faria por ninguém. Dei coisas para ele que achei que nunca daria a ninguém. Senti coisas que achei que jamais sentiria. Amei, de um jeito inédito. Foi a melhor coisa que me aconteceu. Foi a pior coisa que me aconteceu. Um paradoxo perfeito. Como pode alguém lhe fazer tanto mal, mas tão bem, ao mesmo tempo? Sem ele eu não teria chegado onde cheguei, conquistado o que consegui. Devo muito a ele. Mas sem ele eu não teria tido tantas marcas, cicatrizes. Quando lembro de nós, sinto uma coisa boa. Uma paz, uma sensação de dever cumprido. Dei o meu melhor e tenho plena consciência disso. Mas não era o que você queria. Eu não fui bom o suficiente para você. É o que você acha. Mas isso não é uma crítica. Acho que você foi a melhor coisa que me aconteceu. Talvez eu tivesse mesmo que passar por isso, para aprender tantas coisas. Aprender a ser forte, deixar de ser frágil, de se fazer de vítima das circunstâncias. Somos o que plantamos e você me fez agradecer a cada dia por estar vivo. Por ter sempre uma nova chance de mudar o que não está bom, o que não gostamos. Esse não é o nosso fim. Pode ser que nunca tenhamos fim. A nossa história é nossa, só nossa. Apenas eu e você sabemos o que nós conversávamos na cama antes de dormir ou dentro do ônibus antes de viajar. Apenas nós sabemos qual era o nosso encaixe perfeito para dormir. Eu e você sabemos como era bom fazermos a compra do mês, e ficarmos bobos vendo a geladeira cheia. Só nós lembramos das vezes que brigávamos no meio da rua, e um sempre tinha que correr atrás do outro para se reconciliar. Só eu e você gostávamos dos mesmos filmes, dos mesmos programas, das mesmas séries. Só eu e você. Isso é nosso. Pelo bem e pelo mal, nada nem ninguém irá apagar isso. Por mais que as vezes tenha vontade de sumir e nunca mais te ver, tudo o que eu sinto é carinho. É o carinho mais puro que pode existir no mundo. Não somos mais namorados, mas parte do que você é, eu ajudei a fazer. O contrário também. Queria te mostrar tudo isso, mas tenho certeza que você não irá entender. Você é muito mais prático do que eu. O que eu te desejo é paz, e que você encontre o seu caminho. É a única coisa que eu desejo para mim também. Eu não posso desejar nada de ruim para a única pessoa esteve ao meu lado todos os dias nos últimos três anos. Um dia, quando a gente se olhar nos olhos, não vai mais haver mágoas.

Sob nova direção

Deus! Já fazem quase dois anos desde a ultima postagem nesse blog. Reli alguns texto e me pergunto quem é que os escreveu. Não era eu. Não sou eu. Como pode? Ser expulso de casa, mudar de cidade e me ferrar num relacionamento certamente me tornou outra pessoa. Apesar da gaiola em que eu vivia, eu era doce. Eu acreditava no amor, nas pessoas, na honestidade, na sinceridade. Hoje minha mente é só dúvidas, mais cruéis do que as que assolavam aquele pobre garoto virgem de 18 anos. Nessa descrição minha ao lado, também não sou eu. Hoje eu sou o dono da minha vida, faço o que quero, quando quero. Grande merda. A questão "eu não me dou bem com a minha mãe" foi trocada por avalanches de dívidas, responsabilidades, trabalhos e provas na faculdade, compras do mercado para o mês, e eu ainda continuo não me dando bem com a minha mãe. Mas calma, a minha vida não é ruim. São nas provações que a gente cresce. Hoje eu me vejo e me orgulho, cada dia mais. A vida vive me dando socos e ponta-pés. Eu caio. Mas levanto. Levanto forte. Para você que está lendo isso aqui, pode soar clichê. Mas eu sei da minha vitória. Eu sinto a vida correndo nas minhas veias cada dia que eu acordo e sei que eu tenho que fazer as coisas por mim, porque senão ninguém irá fazer. Com a correria e a agitação da cidade grande, as minhas crises existências se tornaram menos importantes, tendo em vista que eu tenho que lidar com problemas mais palpáveis. Mas é óbvio que hora ou outra eu me pegue tentando entender esse turbilhão em que eu estou. Não chego a conclusão nenhuma. Nesse momento, escrever me salva novamente. Escrevendo eu desabafo. E me entendo. O blog foi reaberto, mesmo sem ter quem leia. Escrevo para mim. E estamos sob nova direção!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aquilo bom

Hoje eu lembro daquela vez que eu amei. De como era, do que eu sentia, de como doía, de como acabou, de como doeu, doeu e doeu. E hoje eu me vejo onde estou, de como estou. Diferente. Mudado. E por que não maduro? Hoje eu também tenho uma coisa aqui dentro de mim. É boa. Me faz bem. Completa. Não que eu esteja comparando amores, mas é inevitável não colocar lado a lado o que eu era e o que eu sou. Não era para ser e não foi. Não era a hora, não era a pessoa. Agora eu vejo a chance de ser e poder ser feliz. Lembra aquela insegurança toda? Passou. O medo passou. A baixa auto-estima também. Não passo mais o tempo todo tentando te controlar, saber com quem você está, como você está. Eu sou seu, e você é meu. Nós nos somos. Basta. Não é excesso de segurança, é apenas a vontade de te viver agora. Sem olhar pro lado, nem pra cima, muito menos pra baixo. E embora eu não tenho te dito, e as vezes tento não limitar a imensidão das sensações num único sentimento, eu te amo. Muito. O suficiente, porque nunca é demais. E quando eu penso em você, o peito dói de saudade. E é bom. O teu cheiro é bom (sim, eu sinto ele mesmo aqui longe). E quando eu penso em você, eu também penso que a gente pode dar certo. E que a gente vai dar certo. Vai dar!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Free

Eu sabia que aquela viagem seria uma marca na minha vida. E realmente foi. As mudanças que ela fez na minha cabeça foram enormes. Quando voltei, a necessidade de me libertar foi maior do que qualquer outro sentimento E foi o que eu fiz. Tenho certeza que se eu não tivesse ficado 45 dias longe, vivendo tudo o que vivi, vendo tudo o que eu vi, eu não teria essa força. Sem a mínima vontade de voltar a vida mónotona de antes, tomei minha vida nas minhas mãos, como eu havia planejado por anos. Já faz quase um mês que eu saí de casa e não sinto muita coisa além de uma vontade enorme de descobrir o mundo. Sinto saudades de lá, claro. Sei que o conforto dos braços da minha mãe eu não vou encontrar em nenhum outro. Mas são os sacrifícios. Tento me assegurar de que um dia o amor vai falar mais alto. Por enquanto, vou desbravando esse mundo, vendo coisas que eu mal sabia que existiam. E está sendo bom. Está sendo muito bom, pra falar a verdade, apesar de tudo. E eu sei que eu não vou me arrepender. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Hoje eu estava com meu coração extremamente apertado, sufocado. Mas ouvir "eu te amo meu filho" trouxe um alívio que eu não me lembro de ter sentido antes. Te amo mãe!

Aqui no nada

Eu imaginava que aqui neste lugar em que eu vim parar, quase do outro lado do mundo, eu poderia respirar um pouco. Mas meu ar é pesado em qualquer lugar. Mesmo aqui, no meio desse desconhecido, desse novo, os meus fantasmas me atormentam. Não tive a paz que procurava. Isso não dependem do lugar, eu sei. Desanimo de lembrar que, quando eu voltar, meus problemas estaram lá me esperando. Exatamente onde eu os deixei. Esperando por aquela solução que eu nego há anos, e que se torna cada vez mais inevitável.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Em um texto, o Caio F. fala a respeito de um sentimento que cresceu mais do que o esperado. Ele fala como esse sentimento, que deveria ser apenas uma plantinha pequena e fraca, se torna uma árvore enorme. Eu sempre soube que você se tornaria algo grande dentro de mim. Nunca te imaginei menor do que isso. Algumas vezes páro tudo o que estou fazendo e penso, e lembro. Lembro de como tudo começou, de quando eu não sabia nem o seu nome. Lembro da primeira vez que você me fez virar o pescoço para poder ver melhor quem era o tal cara novo.   Tudo foi tão rápido, tudo passou tão rápido. Lembrei do beijo. Você lembra também? Você disse para eu não me assustar, porque você era carinhoso. Era tudo o que eu precisava. É tudo o que eu preciso. Eu nunca me entreguei em partes, sempre foi inteiro, mesmo sabendo dos riscos que eu corro. Hoje já passamos dos três meses juntos. Esses meses voaram, por mais clichê que isso soe. Parece que te conheço há anos, mas ao mesmo tempo sinto que te conheço tão pouco, que não sei quase nada sobre você. Num mesmo dia você me destroe, me constroe novamente, me desmonta e me guarda. E me confundi.
Quer saber, esquece tudo isso.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bem

Eu me sinto bem hoje. Na realidade já faz algum tempo que eu me sinto assim, mesmo havendo alguma oscilação de humor durante algumas horas. Por mais que tudo a minha volta esteja em meio a tormentas, dentro de mim estou seguro. Sentimentos (ou a falta deles) não me corroem. Estou calmo, sereno, tentando não me incomodar com muitas coisas. Estou levando a minha vida, cada vez mais minha. Sinto que finalmente a tenho nas mãos, mesmo sabendo que ainda restam muitos passos a serem dados. Mas mesmo sabendo desses muitos passos, não me sinto angustiado. Apenas sereno. Vivo hoje e já não estou mais no mesmo lugar de ontem. Sei disso. Percebo o meu próprio avanço a cada semana, a cada dia talvez. E me orgulho disso.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Decidido

A vida é feita de decisões e cada uma deve ser tomada levando em conta como afetará sua vida. Ok. Uma coisa é você saber isso. Outra bem diferente é fazer essa análise. Essa semana tomei uma decisão que já deveria ter feito a muito tempo atrás, mas sempre adiei. Adiei por medo, por receio, por não querer sofrer, ou não querer fazer os outros sofrerem. Mas cheguei ao ponto de não aguentar mais, de querer fugir da minha própria vida. Como foi difícil! Talvez pior do que eu imaginasse. Meus pais me olhando com cara de decepção é terrível. Mas a decisão está tomada. Não voltarei atrás. Vou olhar apenas para frente de hoje em diante. Nunca havia chegado tão longe e, agora que aqui estou, só me resta continuar. Não faço a mínima idéia de como será daqui pra frente. Só posso afirmar com certeza de que vai piorar. Mas é a minha vida. É a minha felicidade. Ninguém pode viver isso por mim. É o sofrimento necessário. Espero poder ter paz daqui algum tempo e a certeza de que estou no caminho certo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Surpreendendo

E a vida sempre surpreendendo, não é? Quando você já se sente confortável com a sua situação ruim, quando você já não espera que ela te traga coisas grandiosas e se convence de que isto aqui é o que te basta, ela dá um jeito de mudar tudo por completo. Eu estava aqui, como sempre, vivendo do meu jeito morno, sem grandes emoções, lamentando por aquele amor mal resolvido, com a cabeça afundada no trabalho, tentando preencher todo o meu tempo livre com algo desnecessário. Numa manhã surge uma pessoa linda. Uma pessoa que não tem vergonha de ser carinhosa, que não tem vergonha de pegar na sua mão, nem de dar um cheiro no seu pescoço no meio de um restaurante cheio. Uma pessoa que fala que está com uma saudade imensa de você. De novo, você sente que tudo pode dar certo, de algum jeito que você ainda não sabe como. Mas vai dar! Obrigado Thiago.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Apaixonado?

Quando a gente fica olhando pro nada, lembrando de alguém, é por que estamos apaixonados? Tomara!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tiago Amaral

Houve uma época em que eu vivia no ócio. E no meio desse ócio eu descobri um grupo de pessoas maravilhosas que tem em comum um autor maravilhoso: Caio Fernando Abreu. Foram incontáveis horas ali, diante de um computador, conhecendo cada um, descobrindo cada um. Pessoas apaixonantes, sinceras, inteligentes, cheias de vida e humor. Infelizmente (ou felizmente, dependendo do angulo que se vê) esse ócio acabou e acabei me afastando. Mas jamais os esqueci e vez ou outra surge um email, uma sms, um recado. Essa noite, recebi uma mensagem de uma querida avisando o falecimento de um dos membros. Não saberia explicar o tamanho do choque em que fiquei. É uma sensação horrível. Saber que não vamos mais nos falar, que ele não ficará online novamente. Uma pessoa linda, extremamente amigável. O dia correu de modo estranho. Cheguei em casa, tomei um banho no escuro, ouvindo I Won`t Give Up, do Jason Mraz. Chorei. Ainda dói e ainda vai doer muito. Ti, você vai ficar para sempre com a gente. Descanse em paz, gato.

Sobrevive

Ontem, assistindo a uma novela, vi uma cena em que a mulher falava para o namorado que iria passar dois anos longe, em outro pais, fazendo trabalho voluntário. Ele respondeu que amor nenhum sobreviveria a tanto tempo, sem se verem. Inconscientemente, respondi que sim, que é possível (experiência própria).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

=S

Sabe aquela sensação de que de repente você acorda e a sua vida não é nada daquilo que você havia planejado/sonhado? E chega alguém que te diz que você pode mudar...e você acredita!

Alivio

Quando eu te ouço, tudo melhora. Aliviado por hoje.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Não ligando

No primeiro dia fiquei em êxtase. No segundo, alegre. No decorrer da semana, aquilo sumiu. Quatro ligações quase desesperadas para ouvir a sua voz, e nada. Uma mensagem sem retorno. Agora é só esperar, eu acho. Esperar para saber o porquê daquele toque. Enquanto isso, imagino que você ainda pensa em mim, mesmo que por um minutos, às 3:55 da madrugada de um sábado...

sábado, 19 de novembro de 2011

Acordar bem

Um minuto antes eu estava dormindo. Como de costume, a Colbie canta Magic para me acordar. A razão dessa música é uma tentativa de fazer com que todos os dias comecem bem. No celular, uma chamada perdida. Deito novamente na cama, por um minuto, ou menos, e tento digerir isso. No banho, as tais borboletas no estômago também despertam, depois de muito tempo sem motivo para tal.

Eu lembro do jeito que você se mexe
Você dançando facilmente nos meu sonhos
Esta me machucando mais forte e mais forte com todos os seus sorrisos
Você é loucamente dócil no jeito de beijar
Tudo o que eu vejo é o seu rosto
Tudo o que eu preciso é o seu toque
Acorde-me com os seus lábios
Chegue ate mim de um nível superior


Hoje eu olhei pra cima e agradeci. Agradeci por acordar bem, e por mais este dia.

Dando tchau, desama-se?

Não se desama dando mero tchau. Eu tenho um carinho enorme por essa frase. Na minha humilde percepção, ela quer dizer muita coisa. Talvez porque ela sempre foi a cura para as nossas brechas. Quando nós brigávamos e você sumia por dias, ou quando você ia embora da cidade e não voltaria tão cedo, era essa frase que nos curava. No meu coração, e talvez no seu também, sabíamos que aquilo que sentiamos com certeza era mais forte do que tudo. Hoje, de alguma forma, ela ainda tem o mesmo sentido para mim.

* post idealizado ontem, 18/11

sábado, 22 de outubro de 2011

Escrever é bom



Hoje é mais daqueles dias em que eu acordo e não sei direito quem eu sou. Então entro aqui e começo a ler tudo o que eu já escrevi, tudo o que eu já senti. E gosto do que leio, por mais que a maioria dos posts não seja sentimentos bons. Escrever me traz uma sensação incrível. É como fazer terapia, ou análise. É aqui, e somente aqui, que eu posso falar tudo, sentir tudo, fazer tudo, sonhar tudo. É aqui que eu me sinto livre e projeto a minha vida. Escrevo, leio e penso: "Eu poderia levar esse lance de escrever a sério né?". Imagina, ganhar para fazer algo que você adora e que te faz bem.

Tempestade?

Quanto tempo eu estive nessa tempestade?
Tão impressionado com o oceano sem forma
Está ficando mais difícil andar na água
Com essas ondas quebrando sobre minha cabeça
Se eu pudesse apenas ver você
Tudo estaria bem
Se eu pudesse ver você
Esta escuridão se tornaria luz
E eu caminharei na água
E você me pegará, se eu cair
E eu me perderei nos seus olhos
Eu sei que tudo vai dar certo
Eu sei que tudo está bem
Eu sei que você não me trouxe aqui para me afogar
Então por que estou a 10 palmos de profundidade e de cabeça para baixo?
Apenas sobreviver se tornou meu propósito
Porque eu estou tão acostumado a viver debaixo da superfície
Se eu pudesse apenas ver você
Tudo estaria bem
Se eu pudesse ver você
Esta escuridão se tornaria luz
E eu caminharei na água
E você me pegará, se eu cair
E eu me perderei nos seus olhos
Eu sei que tudo vai dar certo
E eu caminharei na água
E você me pegará, se eu cair
E eu me perderei nos seus olhos
Eu sei que tudo vai dar certo
E eu caminharei na água
E você me pegará, se eu cair
E eu me perderei nos seus olhos
Eu sei que tudo vai dar certo
Eu sei tudo está bem
Tudo está bem
Tudo está bem.

Storm - Lifehouse

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Angústia

Essa angústia não vai embora. Por mais que tudo continue acontecendo e que eu ainda ache graça em alguma coisa, nada é inteiro. Nada é total. As amizades não são tão completas, os sorrisos não são tão completos. Não me lembro da última vez que fui abraçado. Eu vejo todas essas pessoas felizes e não me canso de me perguntar se o problema está em mim. Por mais que tudo continue acontecendo, parece que minha vida estacionou. Estacionou na hora em que eu me dei conta de que não havia a menor chance de ser feliz. De lá pra cá, mais nada aconteceu. Mais nada se movimentou. Na minha cabeça, o duelo-sem-fim continua sem fim. E longe do fim. Os problemas e o medo de magoar quem amo lutando contra essa vontade de voar. E a minha cabeça a mil. Ou a zero.