terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mudando de humor.

Ontem fui atrás de uma promessa de emprego. Fiquei dois minutos numa sala e saí ao ouvir a selecionadora dizer o salário e a função. Pensei que o meu dia ia ser péssimo. Acordar as 6:30, peguei um ônibus lotado, pra isso? Mas não me deixei abalar. Saí pelas agências. Deixei 15 currículos. Encontrei a Rê. Poucas pessoas me fazem tão bem quanto ela. Cheguei em casa, morto e sem internet. Dormi o resto do dia todo. Acordei pior. Aquela história fica martelando na minha cabeça. Fui deitar na cama e pensei que eu não poderia continuar nessa vida. Resolvi começar com uma coisa simples: acordar cedo e caminhar. Ás 7:45 eu estava saindo de casa e voltando ás 8:40. Caminhar faz bem. Pro corpo, pra mente e pras pernas. Em casa, recebi duas ligações de entrevistas. Me senti outro! Aqui estou agora, rezando pra dar certo. E mesmo que não dê, agora tudo está mais claro, mais leve e mais fácil.

domingo, 29 de agosto de 2010

Ressaca sentimental.

Ontem eu me deitei cedo, antes das nove horas. Não por cansaço ou sono. Mas por desânimo. Por precisar ficar quieto, deitado, no escuro, pensando, lembrando e ouvindo música. Escutei três, apenas. Escolhidas a dedo, pra eu tentar entender o que eu estava sentindo. Foram: Esconderijo -Ana Cañas, Palavras - Cássia Eller, Eu preciso Dizer Que Te Amo - Cazuza. Mas não adiantou, óbvio. Resolvi desligar os fones e tentar dormir. Demorou um pouco. Fiquei pensando e pensando, como não poderia deixar de ser. Fiquei me torturando, pensando em você e ele juntos. Pensei: 'como é ruim ser o passado de alguém'. Lembrei das tuas frases, de como colocou toda a responsabilidade em mim. Pensei: 'será que ele ama como eu?'. Aqueles sinais que eu sinto quando fico nervoso apareceram. Dor de estômago, tremedeira, suor, frio. Não me incomodaram. Cara, como dói. Dói pra caramba. Dói ver as lembranças sendo forçadas a se apagarem. Aquela montoeira de sentimentos tendo de ser queimados, mesmo fazendo sentido pra mim. Dói tanto que eu não consigo descrever. É algo que nunca senti. É diferente de amar e não ser amado. É diferente de ter feito alguma cagada. É mais. Acordei diferente. Tudo continua doendo. Estou um pouco quieto, é verdade. Coloquei umas músicas que falam sobre perder amores, como 'Mais Que a Mim' e 'Pra Terminar', da Ana Carolina. Não vou ficar querendo controlar o meu pensamento. Não adianta. Vou pensar muito em você. Em vocês. Em nós. Foi sofrer tudo o que tenho pra sofrer. Até eu simplesmente cansar e amanhecer sorrindo. Quer saber a verdade? Gosto muito de você e não quero ser seu amigo. Vou sumir um pouco. Ficar ausente. Quero um pouco de tempo pra mim. Tenho uns planos pra semana que vem. Vou Fazer uma entrevista, vou pra Campinas levar uns currículos, vou caminhar, passear com os cachorros, cortar o cabelo. Realmente são coisas simples demais pra quem pretende mudar de vida. Mas é a força que eu tenho agora. Nos próximos dias, que eu não posso dizer se são poucos ou muitos, estarei bem chato. Só falarei desse assunto. Dane-se. Vou falar quando tiver vontade e sobre o que eu quiser. Não estou pensando em pegação, nem em próximos amores, nem em bocas e corpos. Sinto enjoo ao pensar nisso, sério. Eu passaria o dia inteiro aqui escrevendo, me lamentando. Adoro conversar comigo mesmo. É bem diferente pensar, e escrever. Escrever me faz bem. É uma válvula de escape. É quando entro no meu mundo e consigo expressar meus pensamentos mais enraizados lá no fundo. Mas agora chega.

Conselhos do Caio

Estou lendo uns trechos de Caio Fernando Abreu. É incrível como certas frases parecem cair como uma luva nesse momento. Algumas delas abaixo.

"O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu.E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo. Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER.(...) Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo sim."

"Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores."

"Eu tenho sonhos, mas não hoje. Feche a porta e apague a luz, por favor."

"Eu constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta. Já doeu uma vez. "

"Cansado, cansado. Quase não dormi. E não consigo tirar você da cabeça. Estou te escrevendo porque não consigo tirar você da cabeça. Hesito em dizer qualquer coisa tipo me-perdoe ou qualquer coisa assim. Mas quero te contar umas coisas. Mesmo que a gente não se veja mais. Penso em você, penso em você com força e carinho. "

''Não nego nada do que eu fiz, também não tenho arrependimentos ou mágoas: eu não poderia ter agido de outra maneira - mesmo em relação a você - levando em conta o quanto eu estava confuso naquela época.”

"Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação, que lhe bastava amar, como uma coisa que só por ser sentida e formulada se completa e se cumpre?"

"Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço."

"Ah, mas tudo bem. Em seguida todo mundo se acostuma. As pessoas esquecem umas das outra com tanta facilidade. Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é."

"Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim , e virá outro ciclo , depois..."

"Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe..."

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo."

"É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi."

"Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito."

"Me queira bem. Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito linda e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.
Com cuidado, com carinho grande, te abraço forte e te beijo,
Caio F.
P.S.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol."

sábado, 28 de agosto de 2010

Sem aquilo, sem nada.

Feliz. Amor. Felicidade. Namoro. Alegre. Alegria. Junto. Namorado. Pra cima. Em cima. Grudado. Se deixar. Completo. Bom. Amar. Feliz.

Sempre achei que a tal felicidade estivesse incompreensívelmente ligada ao amor. Ao amar, esse verbo tão complexo, tão intrigante, tão amplamente divulgado como necessário. E agora me vejo aqui, sem a tal felicidade e sem o tal amor. Sem um sentido pra minha vida. É estranho. É confuso. É ruim. Não sei bem o que escrever, ou sobre o que escrever. Não sei o que sentir. Não é raiva, nem amor, nem desapontamento. É vazio, amargo e apertado. É uma história acabando. E não acho isso nem um pouco bom. Não, não me acho culpado, e não acho que devo realmente procurar os culpados. Talvez eles nem existam. Culpar o tempo, a distância, a falta de cuidado, a ausência e o desleixo é fácil. Mas não quero o fácil. Quero respirar e sorrir, por dentro. Sorrir com o coração, com o cérebro, como fazia a tempos atrás. Agora talvez eu perceba que tudo realmente acabou. Vou tentar me conformar e aceitar. Aceitar que simplesmente acabou. Sem justificativas. Sufocou, secou e morreu. Não em mim ou em você, mas em nós. Tenho meus planos. Estão um tanto quanto empoeirados, confesso. Mas foi limpá-los. Pegar e abraçar forte. Vou me sentir bem. Vou correr atrás, não de alguém, mas de mim e por mim. Somente. Vou desvincular essa ideia de 'feliz só amando'. E eu vou ficar bem. Vocês vão ver.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Namorando.

Ontem eu disse que não havia mais postado pelo seguinte motivo: 'Só posto quando estou triste.' E hoje eu tenho motivos de sobra pra escrever um livro. Ele ainda não respondeu minha mensagem, e pode ser que nem responda, como das tantas outras vezes. A verdade é que as coisas estavam mudando nas últimas semanas. Depois de vários meses te procurando, te perseguindo, não te deixando em paz, resolvi que você merecia um descanso. Não aconteceu nada de diferente do que eu já estava acostumado. Apenas a sua habitual ausência. E neste dia, eu te desejei esse tal descanso. Um descanso de mim, de nós. Um descanso dessa nossa maldita história. Posso chamar de maldita? No meu ver, mais maldita pra você do que pra mim. Enfim, um descanso programado sem data pra acabar, se é que acabaria. Como toda tentativa de 'tirar-você-da-cabeça', as 72 horas iniciais foram bastante, eu disse: BASTANTE, difíceis. É estranho não te mandar uma mensagem de madrugada, não falar com você no MSN, não te enviar scraps...enfim, todas essas coisas que você provavelmente nem percebeu...Mas eu estava definitivamente disposto a acabar com esse relacionamento unilateral que havia entre nós. Resisti por duas semanas, ou três. Mas esse boato, ou bafafá, ou fofoca, ou realidade, como você quiser chamar, me fez interromper teu descanso. Eu preciso saber a verdade. Ainda não sei pra quê, mas preciso. Não tenho raiva de você, tão pouco ódio, ou qualquer outro sentimento negativo que você sugira. Ou melhor, talvez eu até tenha um sentimento negativo: inveja. É, inveja. Inveja da sua vontade de seguir em frente. Inveja do seu 'não ficar parado', inveja do seu 'só não muda o que já morreu'. Inveja do seu rabiscar, apagar, borrar e pintar por cima. É, acho que é isso que eu estou sentindo agora. Quero te deixar em paz, claro. Não vou bancar o vilão agora. Pode ser que em alguns anos eu até te agradeça, não é? Mesmo que essa história não seja real, é óbvio que um dia vai acontecer. Espero estar mais forte. Se for realmente verdade, parabéns. Parabéns por correr atrás, por tentar ser feliz, e, quem sabe, conseguir. Só sei que acordei mal pra cacete, horrível, com olheiras, sem vontade de levantar, querendo mandar o mundo ir à merda. Mas vai passar. Como sempre. E daqui uns dias eu volto, pra derramar toda a minha infelicidade e tristeza aqui. Porque me faz bem!