segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aquilo bom

Hoje eu lembro daquela vez que eu amei. De como era, do que eu sentia, de como doía, de como acabou, de como doeu, doeu e doeu. E hoje eu me vejo onde estou, de como estou. Diferente. Mudado. E por que não maduro? Hoje eu também tenho uma coisa aqui dentro de mim. É boa. Me faz bem. Completa. Não que eu esteja comparando amores, mas é inevitável não colocar lado a lado o que eu era e o que eu sou. Não era para ser e não foi. Não era a hora, não era a pessoa. Agora eu vejo a chance de ser e poder ser feliz. Lembra aquela insegurança toda? Passou. O medo passou. A baixa auto-estima também. Não passo mais o tempo todo tentando te controlar, saber com quem você está, como você está. Eu sou seu, e você é meu. Nós nos somos. Basta. Não é excesso de segurança, é apenas a vontade de te viver agora. Sem olhar pro lado, nem pra cima, muito menos pra baixo. E embora eu não tenho te dito, e as vezes tento não limitar a imensidão das sensações num único sentimento, eu te amo. Muito. O suficiente, porque nunca é demais. E quando eu penso em você, o peito dói de saudade. E é bom. O teu cheiro é bom (sim, eu sinto ele mesmo aqui longe). E quando eu penso em você, eu também penso que a gente pode dar certo. E que a gente vai dar certo. Vai dar!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Free

Eu sabia que aquela viagem seria uma marca na minha vida. E realmente foi. As mudanças que ela fez na minha cabeça foram enormes. Quando voltei, a necessidade de me libertar foi maior do que qualquer outro sentimento E foi o que eu fiz. Tenho certeza que se eu não tivesse ficado 45 dias longe, vivendo tudo o que vivi, vendo tudo o que eu vi, eu não teria essa força. Sem a mínima vontade de voltar a vida mónotona de antes, tomei minha vida nas minhas mãos, como eu havia planejado por anos. Já faz quase um mês que eu saí de casa e não sinto muita coisa além de uma vontade enorme de descobrir o mundo. Sinto saudades de lá, claro. Sei que o conforto dos braços da minha mãe eu não vou encontrar em nenhum outro. Mas são os sacrifícios. Tento me assegurar de que um dia o amor vai falar mais alto. Por enquanto, vou desbravando esse mundo, vendo coisas que eu mal sabia que existiam. E está sendo bom. Está sendo muito bom, pra falar a verdade, apesar de tudo. E eu sei que eu não vou me arrepender. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Hoje eu estava com meu coração extremamente apertado, sufocado. Mas ouvir "eu te amo meu filho" trouxe um alívio que eu não me lembro de ter sentido antes. Te amo mãe!

Aqui no nada

Eu imaginava que aqui neste lugar em que eu vim parar, quase do outro lado do mundo, eu poderia respirar um pouco. Mas meu ar é pesado em qualquer lugar. Mesmo aqui, no meio desse desconhecido, desse novo, os meus fantasmas me atormentam. Não tive a paz que procurava. Isso não dependem do lugar, eu sei. Desanimo de lembrar que, quando eu voltar, meus problemas estaram lá me esperando. Exatamente onde eu os deixei. Esperando por aquela solução que eu nego há anos, e que se torna cada vez mais inevitável.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Em um texto, o Caio F. fala a respeito de um sentimento que cresceu mais do que o esperado. Ele fala como esse sentimento, que deveria ser apenas uma plantinha pequena e fraca, se torna uma árvore enorme. Eu sempre soube que você se tornaria algo grande dentro de mim. Nunca te imaginei menor do que isso. Algumas vezes páro tudo o que estou fazendo e penso, e lembro. Lembro de como tudo começou, de quando eu não sabia nem o seu nome. Lembro da primeira vez que você me fez virar o pescoço para poder ver melhor quem era o tal cara novo.   Tudo foi tão rápido, tudo passou tão rápido. Lembrei do beijo. Você lembra também? Você disse para eu não me assustar, porque você era carinhoso. Era tudo o que eu precisava. É tudo o que eu preciso. Eu nunca me entreguei em partes, sempre foi inteiro, mesmo sabendo dos riscos que eu corro. Hoje já passamos dos três meses juntos. Esses meses voaram, por mais clichê que isso soe. Parece que te conheço há anos, mas ao mesmo tempo sinto que te conheço tão pouco, que não sei quase nada sobre você. Num mesmo dia você me destroe, me constroe novamente, me desmonta e me guarda. E me confundi.
Quer saber, esquece tudo isso.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bem

Eu me sinto bem hoje. Na realidade já faz algum tempo que eu me sinto assim, mesmo havendo alguma oscilação de humor durante algumas horas. Por mais que tudo a minha volta esteja em meio a tormentas, dentro de mim estou seguro. Sentimentos (ou a falta deles) não me corroem. Estou calmo, sereno, tentando não me incomodar com muitas coisas. Estou levando a minha vida, cada vez mais minha. Sinto que finalmente a tenho nas mãos, mesmo sabendo que ainda restam muitos passos a serem dados. Mas mesmo sabendo desses muitos passos, não me sinto angustiado. Apenas sereno. Vivo hoje e já não estou mais no mesmo lugar de ontem. Sei disso. Percebo o meu próprio avanço a cada semana, a cada dia talvez. E me orgulho disso.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Decidido

A vida é feita de decisões e cada uma deve ser tomada levando em conta como afetará sua vida. Ok. Uma coisa é você saber isso. Outra bem diferente é fazer essa análise. Essa semana tomei uma decisão que já deveria ter feito a muito tempo atrás, mas sempre adiei. Adiei por medo, por receio, por não querer sofrer, ou não querer fazer os outros sofrerem. Mas cheguei ao ponto de não aguentar mais, de querer fugir da minha própria vida. Como foi difícil! Talvez pior do que eu imaginasse. Meus pais me olhando com cara de decepção é terrível. Mas a decisão está tomada. Não voltarei atrás. Vou olhar apenas para frente de hoje em diante. Nunca havia chegado tão longe e, agora que aqui estou, só me resta continuar. Não faço a mínima idéia de como será daqui pra frente. Só posso afirmar com certeza de que vai piorar. Mas é a minha vida. É a minha felicidade. Ninguém pode viver isso por mim. É o sofrimento necessário. Espero poder ter paz daqui algum tempo e a certeza de que estou no caminho certo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Surpreendendo

E a vida sempre surpreendendo, não é? Quando você já se sente confortável com a sua situação ruim, quando você já não espera que ela te traga coisas grandiosas e se convence de que isto aqui é o que te basta, ela dá um jeito de mudar tudo por completo. Eu estava aqui, como sempre, vivendo do meu jeito morno, sem grandes emoções, lamentando por aquele amor mal resolvido, com a cabeça afundada no trabalho, tentando preencher todo o meu tempo livre com algo desnecessário. Numa manhã surge uma pessoa linda. Uma pessoa que não tem vergonha de ser carinhosa, que não tem vergonha de pegar na sua mão, nem de dar um cheiro no seu pescoço no meio de um restaurante cheio. Uma pessoa que fala que está com uma saudade imensa de você. De novo, você sente que tudo pode dar certo, de algum jeito que você ainda não sabe como. Mas vai dar! Obrigado Thiago.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Apaixonado?

Quando a gente fica olhando pro nada, lembrando de alguém, é por que estamos apaixonados? Tomara!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tiago Amaral

Houve uma época em que eu vivia no ócio. E no meio desse ócio eu descobri um grupo de pessoas maravilhosas que tem em comum um autor maravilhoso: Caio Fernando Abreu. Foram incontáveis horas ali, diante de um computador, conhecendo cada um, descobrindo cada um. Pessoas apaixonantes, sinceras, inteligentes, cheias de vida e humor. Infelizmente (ou felizmente, dependendo do angulo que se vê) esse ócio acabou e acabei me afastando. Mas jamais os esqueci e vez ou outra surge um email, uma sms, um recado. Essa noite, recebi uma mensagem de uma querida avisando o falecimento de um dos membros. Não saberia explicar o tamanho do choque em que fiquei. É uma sensação horrível. Saber que não vamos mais nos falar, que ele não ficará online novamente. Uma pessoa linda, extremamente amigável. O dia correu de modo estranho. Cheguei em casa, tomei um banho no escuro, ouvindo I Won`t Give Up, do Jason Mraz. Chorei. Ainda dói e ainda vai doer muito. Ti, você vai ficar para sempre com a gente. Descanse em paz, gato.

Sobrevive

Ontem, assistindo a uma novela, vi uma cena em que a mulher falava para o namorado que iria passar dois anos longe, em outro pais, fazendo trabalho voluntário. Ele respondeu que amor nenhum sobreviveria a tanto tempo, sem se verem. Inconscientemente, respondi que sim, que é possível (experiência própria).