quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Os não-sentidos

Juro que estou tentando agir como se tudo estivesse bem. Tento acordar todos os dias e acreditar que será um novo dia em que tudo será diferente. Finjo que não vejo as caras de decepção. Luto para juntar todas as minhas forças e dar o meu melhor. Percebo que tenho falhado em tudo isso. Falhado em tudo o que eu faço. Me sinto esmagado por fazer sofrer a pessoa mais importante da minha vida. Até que ponto vale a pena me sacrificar em prol de outra pessoa? Uma coisa é certa: estou cada vez mais confuso. Confuso com meus sentimentos, com as minhas crenças, com as minhas verdades e enrolado nas minhas mentiras. Por quanto tempo essa situação vai se sustentar? As horas passam e eu nem sequer percebo. Não que elas passem depressa demais. Mas simplesmente porque não fazem sentido para mim. Não faz sentido minhas dores de estômago. Não fazem sentido para mim os minutos que eu gasto todas as noites antes de dormir pensando numa maneira de colocar minha vida de volta nos trilhos. Sempre acabo dormindo antes das idéias surgirem. Não faz sentido esperar pelo meu futuro milimetricamente planejado, simplesmente porque é um futuro que existe apenas dentro de mim. Não faz sentido pensar na felicidade, nos almoços em família nos domingos, ou nas noites deitados no sofá com ele (?) vendo um filme, falando bobagens. Não faz sentido se iludir, ou procurar a saída desse imenso abismo. Estou em quedo livre. Não há ninguém pra me segurar. Não há nada pra me salvar. Talvez até haja. Mas não é do modo que eu quero. Não é facil me distrair. As dez horas que passo por dia em frente um computador são poucas para me fazer esquecer o mundo a minha volta. Eu precisava de mais. Talvez precisasse apenas fechar os olhos e quando abri-los de novo, perceber que tudo ja havia passado...

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